O mordomo é alguém que recebeu a responsabilidade de cuidar daquilo que pertence ao seu senhor. Embora não seja o dono, cabe ao mordomo zelar pelos bens que lhe foram confiados, como se fora seus.
Todas as coisas pertencem a Deus, e foram criadas “por Ele e para Ele”. Portanto, Ele é a razão da existência de tudo quanto há no universo, seja de ordem espiritual ou material.
Coube ao homem a incumbência de cuidar das obras das mãos de Deus. O salmista Davi escreve:
“Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés.” Salmos 8:6.
Ao criar o homem, Deus outorgou-lhe autoridade sobre toda a criação. A ordem de Deus era: “enchei a terra, e sujeitai-a. Dominai...” (Gn. 1:28).
Esta autoridade veio acompanhada por uma grande responsabilidade. Recebendo o mandado de dominar, o homem também recebia a incumbência de “lavrar e guardar” a terra (Gn.2:15), sem jamais perder de vista que “do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Sl.24:1). O próprio Deus é quem declara: “Meu é o mundo e tudo o que nele há” (Sl.50:12b). Portanto, o homem não é dono de coisa alguma. Somos mordomos de Deus, sobre os quais repousa a responsabilidade de cuidar da criação.
Podemos compreender melhor esta verdade através de uma das mais famosas parábolas de Jesus. Trata-se da parábola dos talentos, onde o reino dos céus é apresentado como “um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade. Então partiu(...) Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt.25:14-15, 19). Tudo aquilo de que dispomos nesta vida pertence a Deus, embora esteja sob os nossos cuidados. Nossos filhos, nosso cônjuge, nossos bens, nosso corpo; tudo é de Deus!
São verdadeiros talentos que Deus nos confiou. Um dia, porém, Ele nos pedirá conta daquilo que fizemos com todos esses talentos. A forma como os talentos são distribuídos não compete a nós julgarmos. Deus tem os Seus próprios critérios. A uns Ele dá cinco talentos, a outros dois, e a alguns apenas um. O importante é a forma como vamos administrá-los. Tanto podemos multiplicá-los, como podemos até perdê-los. De acordo com o texto sagrado, aquele senhor distribuiu os talentos de acordo com a capacidade que cada um tinha de administrá-los. O que recebera cinco, fê-los multiplicar por dois, e alcançou mais cinco. O que ganhara dois, também os multiplicou. Porém, o que tinha apenas um, acabou perdendo-o.
O mesmo Deus que nos deu talentos, deu-nos também capacidade para geri-los e multiplicá-los. Entretanto, se formos negligentes com o que Deus nos confiou, poremos tudo a perder!
Na parábola dos talentos, os servos que receberam cinco e dois talentos foram chamados de servos bons e fiéis por terem cuidado bem daquilo que pertencia ao seu senhor. Como recompensa, os que foram fiéis no pouco foram colocados no muito. Quanto ao que recebera um talento, e o enterrara, fora chamado de servo inútil, e rejeitado pelo seu senhor.
Se quisermos que Deus deposite em nossas mãos uma confiança maior, precisamos cuidar bem daquilo que Ele já nos tem confiado. Isto é mordomia!
Se não formos fiéis no pouco, jamais Deus nos colocará no muito. Se não conseguirmos administrar algo pequeno, como poderemos administrar algo maior?
Um exemplo clássico disso é a pessoa que deseja fazer a obra de Deus, sem conseguir governar a sua própria casa. Paulo afirma que o pastor deve governar bem a sua própria casa, tendo seus filhos sob disciplina, com todo o respeito “pois se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (1 Tm.3:5).
Não podemos nos esquecer que, quanto maior a confiança que Deus depositar em nós, maior a nossa responsabilidade diante dos Seus olhos. Jesus disse:
“A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedirá.” Lucas 12:48b.
Jamais nos esqueçamos de que haverá um dia em que todos terão que prestar contas perante o Tribunal de Cristo (2 Co.5:10). “De modo que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm.14:12).
quarta-feira, dezembro 27, 2006
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Um comentário:
Primeiramente ao adentrar nesta página reconheço seu valor e a importância de seu autor(a) para a nobre causa do Senhor Jesus Cristo.
Dito isso, quero convidar você que está lendo estas minhas palavras, a prestar um pouco mais de atenção as revelações do Espírito Santo Verdadeiro em nossos dias.
Por se tratar de um assunto de interesse universal, pediria sua amável atenção, em uma breve, mais com certeza, produtiva visita ao nosso blog, onde estão depositadas Revelações do Senhor Jesus Cristo, para as quais peço encarecidamente que nos ajude a divulgar. Pois estamos vivenciando um memento muito sensível da palavra profética. Desde já suplico as bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo Verdadeiro sobre todo aquele que atender esse nosso chamado em nome do Senhor Jesus Cristo. Clique em martins111 - João Joaquim Martins. OU http://joaorevela.blogspot.com/
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